Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Emergência do Triângulo do Norte 2023

Leia atentamente o texto a seguir para responder às questões de 1 a 10.

Mundo terá o dobro de idosos até 2050, diz ONU

O mundo está cada vez mais populoso. E também mais velho.

O número de pessoas com 65 anos ou mais no

planeta, hoje de 761 milhões, deve mais que dobrar até a

5 metade do século, chegando a 1,6 bilhão em 2050.

Os dados fazem parte de projeções da

Organização das Nações Unidas – que, além de

contabilizar 8 bilhões de pessoas no planeta, faz agora um

alerta sobre a urgência do envelhecimento populacional.

10 Ter uma fatia maior de idosos, por um lado, é

um bom indicador. O fato de que aqueles com mais de 65

são 9,6% do mundo de 8 bilhões e serão 16,5% dos 9,7

bilhões de 2050 reflete, entre outros fatores, sociedades

bem-sucedidas no aumento da expectativa de vida.

15 Se o envelhecimento, porém, não vier

acompanhado de políticas públicas consistentes –

pensadas desde a infância, não somente na velhice –, o

fenômeno será gatilho para sociedades mais desiguais e

empobrecidas, afirma a ONU em relatório lançado nesta

20 quinta-feira (12).

"Queremos deixar a mensagem de que

oportunidades iguais têm de ser oferecidas desde o

nascimento", diz a italiana Daniela Bas, diretora de

desenvolvimento social inclusivo da ONU. "Aqueles que

25 desde os estágios iniciais da vida têm acesso à saúde,

educação e nutrição adequadas têm uma velhice muito

mais saudável."

A análise dos dados traz ainda um alerta ao

Brasil. Hoje os idosos (20,5 milhões) somam 9,5% da

30 população brasileira. No meio do século, serão 22% do

total – acima, portanto, da média global –, caso se

confirmem as projeções da ONU.

O número não é tão expressivo quanto o

observado em outras regiões, mas não deixa de chamar a

35 atenção. Na Europa, por exemplo, onde a questão já é

sensível, idosos representam 20% da população já em

2023. Daqui a 20 anos, serão quase 30% do todo, o que

abre discussões que vão da aposentadoria à falta de mão

de obra.

40 No guarda-chuva de preocupações expressas

pelas Nações Unidas está o mercado de trabalho. Pessoas

mais velhas continuam a contribuir economicamente –

muitos permanecem em empregos remunerados, ou

ajudam na família, com assistência aos filhos.

45 Ainda assim, estereótipos, como o preconceito

etário, são empecilhos. Outro fenômeno, que cresce a

galope no caso do Brasil, também preocupa: a

informalidade. "A ampla propagação do emprego

informal e de outras formas precárias de trabalho

50 ameaçam o acesso à aposentadoria e a outros benefícios

de proteção social, colocando em risco a segurança

econômica de idosos", diz o relatório.

Shantanu Mukherjee, diretor de análise

econômica da ONU, afirma que muitas vezes falta

55 proatividade aos governos. "Políticas podem e devem ser

criadas antecipadamente, levando em conta que o

envelhecimento populacional é parte fundamental da

economia de um país."

Idosos têm maior probabilidade de viver em

60 domicílios com menor infraestrutura do que a população

em idade produtiva, uma realidade ainda mais comum em

países em desenvolvimento, nos quais sistemas de

proteção social estão menos estabelecidos, afirma o

relatório.

65 A situação é pior para as mulheres, que têm

níveis de pobreza na velhice mais elevados. Os motivos?

Níveis também menores de participação no mercado de

trabalho formal, carreiras mais curtas e salários mais

baixos em comparação com homens.

70 A ONU chama especial atenção para a

distribuição desigual do trabalho doméstico, o que

restringe a possibilidade de mulheres atuarem mais

ativamente no mercado de trabalho e, por consequência,

enxuga suas aposentadorias. Aponta ainda que elas a são

75 maioria das empregadas na economia de cuidado, tida

como área mal regulamentada, na qual trabalhadores

normalmente ganham salários baixos.

"Dadas as expectativas de vida mais longas das

mulheres, elas têm maior probabilidade do que os

80 homens de ficarem viúvas, são menos propensas a se

casar novamente e mais propensas a viver sozinhas – três

características que podem exacerbar a insegurança

econômica."

Além da seara econômica, o relatório destaca a

85 necessidade de aprimorar sistemas de saúde. Segundo a

ONU, muitas nações ainda se fiam à ideia de que idosos

moram com filhos ou netos, realidade que tem mudado.

"Modelos de cuidados que dependem exclusiva ou

principalmente das famílias são cada vez mais

90 inadequados."

E a pandemia de covid evidenciou as falhas no

atendimento a idosos. "Sistemas de cuidado

subfinanciados, condições precárias de trabalho das

equipes de saúde e políticas insuficientes de cuidados em

95 casa contribuíram para um alto número de mortes entre

idosos", diz a ONU.

O desafio do envelhecimento populacional

também atinge as regiões e continentes de diferentes

formas. A maioria terá cerca de um quinto de suas

100 populações com mais de 65 anos em 2050: América Latina

e Caribe (19%), Oceania (18,5%), América do Norte (24%)

e Ásia (19%). A exceção é a África: o continente mais

desafiado por altos índices de natalidade terá somente

5,7% de seus habitantes nessa faixa etária.

105 Cenários como o africano, então, poderiam até

ter facetas positivas, mas somente se houver ação estatal.

"Se formos espertos o bastante para criar políticas que

facilitem o caminho para os mais velhos, faremos com que

essas pessoas não sofram na velhice", diz Daniela Bas.


(Mayara Paixão.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/01/populacao-idosa-no-

mundo-vai-dobrar-ate-metade-do-seculo-mostra-onu.shtml. 12.jan.2023)

Se o envelhecimento, porém, não vier acompanhado de políticas públicas consistentes – pensadas desde a infância, não somente na velhice –, o fenômeno será gatilho para sociedades mais desiguais e empobrecidas, afirma a ONU em relatório lançado nesta quinta-feira (12). (L.15-20)


O pronome sublinhado no período acima exerce papel

a

anafórico.

b

dêitico.

c

catafórico.

d

endofórico.

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Resposta
B
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