Se eu morresse amanhã!
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
(AZEVEDO, Álvares de. Melhores poemas. 6. ed. 1. reimpr. São Paulo: Global, 2008. p. 95.)
A análise do título do Texto – “Se eu morresse amanhã!” – traz muitas implicações à ciência da vida. Nascer e morrer são inerentes à vida, processos que envolvem uma complexidade celular, que sofrem interferências diversas, e que podem, no seu percurso, ser precocemente interrompidos, causando danos irreversíveis aos seres vivos.
Sobre essa temática, assinale a resposta correta:
Denominamos apoptose o processo programado de morte celular, normal no desenvolvimento, por exemplo, do sistema nervoso.
Denominamos necrose a morte celular precoce, ocasionada por fatores intrínsecos celulares, reversível no tecido nervoso e epitelial, mas irreversível no tecido conjuntivo.
Como organelas citoplasmáticas, as mitocôndrias não interferem na apoptose; sofrem seus efeitos sem exercer qualquer tipo de interferência no processo.
Tanto a necrose quanto a apoptose são processos fisiológicos adaptativos que evitam prejuízos celulares em determinadas situações de exposição a agentes físicos, químicos ou biológicos.