São perceptíveis no mundo contemporâneo as necessidades das especializações para o exercício do trabalho. Isso é nítido nas quantidades de formações tecnológicas que fornecem aos seres humanos domínios de metodologias específicas para exercer uma função no mercado do trabalho.
Leia o seguinte texto.
A produção com ritmo marcado
O barulho da chegada de uma carroçaria, a cada três ou quatro minutos, marca o ritmo do trabalho. Uma vez enganchada à linha, a carroçaria começa seu semicírculo, passando sucessivamente diante de cada posto de soldagem ou de outras operações complementares: limagem, polimento, martelagem. Como já disse, é um movimento contínuo, que parece lento: à primeira vista, a linha dá quase uma ilusão de imobilidade, sendo necessário fixar o olhar num carro determinado para vê-lo deslocar-se, deslizar progressivamente de um posto a outro. O carro não para; são os operários que se devem deslocar para acompanhá-lo durante a execução do trabalho. Assim, cada um tem uma área bem definida para executar os gestos que lhe são impostos, embora as fronteiras sejam invisíveis: logo que um carro nela entra, o operário desengata seu maçarico, empunha seu ferro de solda, agarra seu martelo ou sua lima e começa a trabalhar. Algumas marteladas, alguns clarões, os pontos de solda estão feitos e já o carro está saindo dos três ou quatro metros do posto. E o seguinte vai entrando na área de operação. E o operário recomeça.
LINHART, R. Greve na fábrica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1918.
Essa formação para o trabalho é consequência da necessidade de produção em série que precisa de especialistas para apertar botões específicos. O resultado que se tem obtido dessa educação voltada para produção em série são homens considerados
críticos.
retóricos.
alienados.
reflexíveis.
flexíveis.