“Saíram, pelo Porto de Fortaleza, 2.909 escravos para o sul do Império. Era um quadro desolador o embarque desses desgraçados […] Todos choravam, mas suas lágrimas corriam despercebidas, eram lagrimas de escravos. Ninguém tinha dó deles! Quem podia ouvir eram os desgraçados também agrilhoados nas senzalas dos grandes da terra.”
TEÓFILO, Rodolfo. História da Seca do Ceará (1877-1880). p. 250.
O trecho acima retrata uma visão aproximada do tráfico de escravos no Ceará, no final do Império. Dentre as afirmações abaixo, assinale a que NÃO corresponde à realidade da escravidão no Ceará.
Nesse período, o tráfico interprovincial foi algo comum na vida social dos cearenses e um pesadelo para os cativos envolvidos.
As informações acerca dos embarques e da vida de trabalho duro nas fazendas de café corriam entre os escravos no Ceará.
A escravidão no Ceará foi sempre branda. Por este motivo o Ceará libertou seus escravos antes do restante do Brasil.
Os escravos configuravam-se em moeda corrente, em tempos de estiagens, transformando-se na salvação de senhores arruinados.