Rousseau acreditava na seguinte tese: “O homem é bom por natureza, sendo a vida em sociedade o fator de sua corrupção. Ou seja, ele nasce bom, mas o meio o corrompe, tornando-o mal.”
Hobbes, em contrapartida, tinha por tese que o homem é mal por natureza, apresentando três causas principais de discórdia, a saber, a competição, a desconfiança e a glória, voltadas, respectivamente, para a obtenção de lucro, segurança e reputação.
Nessa concepção, podem-se distinguir dois momentos: o tempo em que os homens são capazes de manter um respeito mútuo, que seria o tempo de paz; e o tempo de luta de todos contra todos, ou tempo de guerra.
Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1546/A-violencia-e-aineficacia-das-leis>. Acesso em: 16 set. 2016.
A concepção de Rousseau de que o homem é bom por natureza, sendo a vida em sociedade o fator de sua corrupção busca a compreensão sobre o indivíduo e suas relações com a sociedade.
Dentro do âmbito dessas reflexões, pode-se afirmar:
A filosofia de São Tomás de Aquino buscava extinguir da sociedade medieval qualquer pensamento racionalista, buscando instituir no Sacro Império Romano Germânico um Estado teocrático.
O Liberalismo, surgido com o Iluminismo, defendia que a bondade faz parte da natureza humana e que a origem de todos os males sociais ocorreu a partir do surgimento da propriedade privada.
O Maoísmo identificava, na ideologia individualista e burguesa, um dos males da humanidade, fato que desencadeou o autoritarismo da Revolução Cultural para depurar a sociedade chinesa de elementos considerados capitalistas.
O Estado de Bem-Estar Social concebia a bondade da natureza humana, corrompida com a desigualdade social, sendo necessárias políticas que limitassem os meios privados de produção.
O Neoliberalismo percebia que a maldade é intrínseca à natureza humana, sendo que apenas um Estado forte e interventor garantiria a preservação e a defesa da propriedade particular.