Releia este trecho de “O tempo é um rio que corre”, de Lya Luft:
“Feito crianças numa ciranda, estas páginas giram em torno do tempo – para maioria de nós um processo do qual fugimos, que fingimos ignorar, ou consideramos um mistério inabordável. [Para muitos, resume-se ao grande susto final: de repente, tinha-se passado uma vida inteira. (...)]
O tempo transforma, a memória preserva, a morte ao fim absorve.” (p.11-12)
Assinale a alternativa cuja citação melhor ratifica a percepção de tempo apresentada no excerto acima.
“(...) Por que ser jovem de espírito seria melhor do que ter um espírito maduro, e por que o tempo de agora não pode ser nosso tempo?
Não sei qual a vantagem de ter alma de trinta anos aos setenta. Por que não ter uma alma de setenta aos setenta, mantendo vivos os interesses, e multiplicados os afetos?”
LUFT, 2014, p.98
“Tranquilo, com tudo certo, sento-me numa cadeira e acendo um cigarro. E ali fico, pensando em muita coisa e ao mesmo tempo não pensando em nada, enquanto lá fora o céu ia, devagarzinho, clareando, naquela segunda-feira de abril de mil novecentos e sessenta e três.”
VILELA, 2013, p.110
“Sensações de impermanência ainda hoje: acordar na madrugada e saber que tudo está passando. A respiração de quem dorme ao meu lado vai cessar; as vozes familiares no corredor; o tumulto das emoções e o rumor da rua, tudo vai acabar.”
LUFT, 2014, p.31
“Lá estava meu avô, lá estava como se lá sempre estivera, naquele quartinho, entre aparelhos elétricos que não funcionam mais – rádios, ferros, liquidificadores – e com várias ferramentas: chave de fenda, alicate, martelo (...)”
VILELA, 2013, p.78