UNICENTRO 2019
Registros fósseis indicam que as pteridófitas já eram comuns desde o período Carbonífero, há cerca de 360 milhões de anos. No Carbonífero superior, a vegetação da Terra era, em grande parte, dominada por pteridófitas de grande porte. Estas chegavam a medir cerca de 8 metros de altura, assemelhando-se a árvores. Atualmente, existem cerca de 11.000 espécies de pteridófitas. Existem desde espécies muito pequenas até algumas que chegam a atingir mais de 20 metros de comprimento, cujas folhas possuem mais de 5 metros!
Pteridófitas: características e reprodução. Educação Uol, 23 set. 2009. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/pteridofitas-caracteristicas-ereproducao.htm. Acesso em 25 de jul. 2018.
O texto acima reporta a uma característica exibida pelas pteridófitas, não evidenciada em briófitas, que se deve
à presença de folhas mais largas, que permitem uma maior captação da energia solar.
ao desenvolvimento de um caule subterrâneo denominado rizoma.
à presença de raízes adventícias.
ao transporte mais rápido de substâncias para regiões distantes das raízes.
à existência de troncos recobertos de súber.
Resolução
Passo 1 Identificar o ponto-chave do enunciado
A passagem destaca que algumas pteridófitas atingem grande porte (8 m no Carbonífero; hoje, algumas com mais de 20 m). Nas briófitas isso não ocorre. Portanto, a questf1o pede a característica responsável pelo maior tamanho das pteridófitas.
Passo 2 Relembrar diferenças entre briófitas e pteridófitas
• Briófitas: avasculares (não possuem xilema e floema).
• Pteridófitas: primeiras plantas vasculares, com tecidos condutores bem desenvolvidos.
Sem vasos, a distribuição de água/nutrientes ocorre por difusão lenta, limitando o tamanho. Com vasos, o transporte é rápido e eficiente, possibilitando crescimento vertical.
Passo 3 Analisar as alternativas
- A – Folhas largas aumentam a fotossíntese, mas briófitas também podem ter lâminas relativamente amplas (ex.: musgos foliosos). Não explica o porte.
- B – Rizoma ajuda na fixação e reserva, porém existem pteridófitas sem rizoma e essa estrutura não justifica altura.
- C – Raízes adventícias podem ocorrer, mas não são exclusivas nem decisivas para o porte.
- D – Transporte rápido de substâncias a longas distâncias é exatamente a consequência dos tecidos vasculares (xilema e floema). Isso permite o crescimento em altura.
- E – Súber (cortiça) é produzido por câmbio felógeno (periderme), típico de gimnospermas e angiospermas lenhosas, não de pteridófitas.
Passo 4 Conclusf1o
A característica decisiva é a presença de vasos condutores, garantindo transporte rápido de substâncias a regiões distantes das raízes. Portanto, a alternativa correta é \(\boxed{\text{D}}\).
Dicas
Erros Comuns
Tecidos vasculares
• Xilema: conduz água e sais minerais das raízes para o restante da planta.
• Floema: distribui seiva elaborada (produtos da fotossíntese).
• Presentes em pteridófitas, gimnospermas e angiospermas; ausentes em briófitas.
Consequências da vascularização
1. Maior eficiência de transporte → plantas podem crescer mais.
2. Maior sustentação mecânica (elementos lignificados do xilema).
3. Diversificação de órgãos verdadeiros (raiz, caule, folha).
Briófitas
Avulsas de vasos; dependem de água para reprodução e de difusão para transporte interno, limitando-as a poucos centímetros.
