ESPM 2016/1

Quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas tremendas perpetuamente ardentes, o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite, trabalhando vivamente, e gemendo tudo ao mesmo tempo sem momento de tréguas, nem de descanso; quem vir enfim toda a máquina e aparato confuso e estrondoso daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma semelhança de inferno.

(Padre Antonio Vieira. Citado por Lilia Schwarcz e Heloisa Starling in Brasil uma Biografia) 

A leitura do trecho deve ser relacionada com:

a

o trabalho indígena na extração do pau-brasil;

b

o trabalho indígena na lavoura da cana-de-açúcar;

c

o trabalho de escravos negros africanos no engenho de cana-de-açúcar;

d

o trabalho de escravos negros africanos no garimpo, na mineração;

e

o trabalho de imigrantes italianos na lavoura cafeeira.

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Resposta
C

Resolução

Solução Detalhada

O trecho faz uso de imagens fortes — fornalhas perpetuamente ardentes, ruído de rodas e cadeias, e “gente toda da cor da mesma noite” trabalhando sem descanso — para comparar o ambiente a um inferno. Esses elementos remetem ao funcionamento dos engenhos de cana-de-açúcar na época colonial, onde escravos africanos eram forçados a operar moendas e fornalhas, presos por correntes e sem trégua. Logo, a alternativa correta é a letra C: o trabalho de escravos negros africanos no engenho de cana-de-açúcar.

Dicas

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Note a expressão “gente toda da cor da mesma noite” e pense em quem era forçado a trabalhar preso por correntes.
Pense em onde havia fornalhas e rodas incessantes no Brasil colonial — qual atividade produtiva?
Relembre que autores barrocos usavam analogias ao inferno para denunciar a crueldade dos engenhos de açúcar.

Erros Comuns

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Confundir as “fornalhas” de engenhos com fundições de mineração.
Interpretar “gente da cor da mesma noite” como indígenas em vez de escravos africanos.
Associar as rodas descritas a carroças de transporte de pau-brasil ou café.
Relacionar a descrição a imigrantes italianos sem considerar o contexto colonial.
Revisão

Revisão de Conceitos

  • Engenhos de cana-de-açúcar: instalações coloniais com moendas, fornalhas e rodas usadas para processar o caldo da cana.
  • Trabalho escravo africano: principal força de trabalho nos engenhos, submetida a condições desumanas, sem descansos ou trégua.
  • Linguagem barroca e metáforas: Padre Vieira usa imagens extremadas para denunciar a crueldade dos engenhos, comparando-os a um inferno.
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