Que a Rússia czarista estava madura para a revolução, merecia muitíssimo uma revolução, e na verdade essa revolução certamente derrubaria o czarismo, já fora aceito por todo observador sensato do panorama mundial desde a década de 1870.
(HOBSBAWM, 1995. p. 132).
Os conhecimentos sobre a Rússia pré-revolucionária permitem afirmar que um fator socioeconômico responsável pela eclosão dessa revolução foi
o conflito entre as diversas nacionalidades que formavam o Império czarista e que lutavam pela independência.
o descontentamento popular pela derrota da Rússia na Primeira Guerra Mundial.
a influência das ideias revolucionárias inspiradas no ideário marxista-anarquista entre a população camponesa.
a base econômica agrícola, com a concentração de terras em mãos da nobreza, que explorava a mão de obra camponesa.
a permanência da Teoria do Direito Divino dos reis como justificativa de manutenção de um governo teocrático.
O enunciado pede para identificar um fator socioeconômico que contribuiu para a eclosão da Revolução Russa de 1917. Para isso, é essencial recordar a estrutura agrária da Rússia czarista e a situação da classe camponesa.
Na Rússia pré-revolucionária, a economia era predominantemente agrícola e as terras estavam concentradas em grandes latifúndios controlados pela nobreza. A maioria da população vivia no campo em condições de servidão ou semieservidão, pagando altos tributos e tendo acesso muito limitado à própria terra.
Esse cenário de concentração fundiária e exploração da mão de obra camponesa gerou um profundo descontentamento social que se converteu em um dos principais motores da revolta contra o regime czarista.
Portanto, a alternativa D — base econômica agrícola, com a concentração de terras em mãos da nobreza, que explorava a mão de obra camponesa — é a que melhor explica o fator socioeconômico responsável pela eclosão da revolução.
Resposta: D
Economia agrária e latifúndios: Na Rússia do final do século XIX e início do XX, a terra estava concentrada em grandes propriedades (latifúndios) nas mãos da nobreza, enquanto a maioria dos camponeses trabalhava nessas terras em condições precárias.
Servidão e exploração: Embora a servidão tenha sido oficialmente abolida em 1861, na prática persistiram tributos elevados e obrigações de trabalho que mantinham o campesinato em situação de semiescravidão.
Descontentamento camponês: A falta de acesso à terra e as injustiças socioeconômicas fomentaram greves, protestos rurais e apoio popular à causa revolucionária.