“Quanto às minhas opiniões políticas, tenho duas, uma impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada é o sistema representativo [a Monarquia]. É, sobretudo, como brasileiro, que me agrada esta última opinião, e eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou…”
(Machado de Assis em crônica, 5 de março de 1867). (MONARQUISTA. 2019).
A análise do texto e os conhecimentos sobre a história do Brasil monárquico e republicano permitem afirmar:
A Primeira Constituição do Império foi promulgada em 1824, marcada pelo equilíbrio das forças políticas e entre os três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, permitindo ao Imperador um poder apenas representativo.
O Período Regencial ocorreu em clima político extremamente volátil, quando um número expressivo de revoltas provinciais, provocadas pelo desgoverno, pretenderam estabelecer um governo central autoritário e oligárquico, liderado pela aristocracia rural.
Segundo o texto, o autor é defensor do sistema parlamentarista instituído durante o Império, no qual o Poder Moderador tinha como objetivo “vigiar a Constituição” e “harmonizar” os outros poderes.
O sistema republicano foi instaurado no Brasil a partir de uma expressiva participação popular, de um movimento que apresentou características de uma revolução.
O governo aristocrático tornou-se uma realidade no país durante o período do Estado Novo, quando o país foi autoritariamente governado por uma elite com a Presidência liderada por Getúlio Vargas.