Queridinho entre jovens, cigarro eletrônico traz riscos ao coração e pulmão
Comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, mas só ganham mercado e consumidores
Lilian Monteiro
26/05/2022
Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outros, têm a comercialização, importação e propaganda proibidas no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. No entanto, cada vez mais o produto ganha mercado e consumidores, principalmente, entre os jovens.
Desde 2003, quando foram criados, tais produtos passaram por diversas gerações: os produtos descartáveis, de uso único; os produtos recarregáveis com refis líquidos (que contêm em sua maioria propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; os produtos de tabaco aquecido, que têm um dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; os sistemas "pods", que contêm sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, dentre outros.
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Desenvolvidos como alternativa aos cigarros tradicionais, os cigarros eletrônicos caíram no gosto dos jovens. Em formato de caneta ou mesmo de um celular, eles já são apontados como a provável causa de várias doenças pulmonares. Contudo, o que pouco se fala é que ele também é prejudicial para a saúde vascular.
Compostos por cartucho (filtro), parte eletrônica e bateria, os vapes conseguem atingir temperaturas que variam entre 300 ºC a 400 ºC — um cigarro tradicional chega a atingir mais de 800 °C —, o que faz com que certas substâncias químicas altamente tóxicas não entrem em combustão e sigam para o organismo da pessoa em sua totalidade.
O coordenador de cirurgia vascular do Hospital Biocor, Josualdo Euzébio, diz que no cigarro eletrônico, por ser pulverizado, as partículas são menores que no cigarro convencional, causando maior penetração no pulmão.
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O que também se sabe é que há risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e aumento do risco de crise de angina: "Em relação às doenças cardiovasculares, demanda um tempo para começarem a surgir. Ainda não temos dados, mas sabemos que ele é muito maléfico. Assim, como no cigarro convencional, a pessoa que começa a fumar não vê os efeitos na primeira semana, porque os dados aparecem após um período. E mesmo após o rompimento do uso, os danos ainda continuam por determinado tempo no organismo", explica o médico.
Adaptado de: https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2022/05/26/interna_bem_viver,1369197/queridinho-entre-jovens-cigarro-eletronico-traz-riscos-ao-coracao-e-pulmao.shtml Acesso em: 1 jun. 2022.
Quanto aos termos destacados no trecho “[...] os produtos de tabaco aquecido, que têm um dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; os sistemas "pods", que contêm sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, dentre outros.”, é correto afirmar que eles exercem a mesma função do termo destacado em:
“Ainda não temos dados, mas sabemos que ele é muito maléfico.”.
“[...] o que pouco se fala é que ele também é prejudicial para a saúde vascular.”.
[...] o que faz com que certas substâncias químicas altamente tóxicas não entrem em combustão [...]”.
“[...] Josualdo Euzébio diz que, no cigarro eletrônico, as partículas são menores que no cigarro convencional [...].”.
“[...] a pessoa que começa a fumar não vê os efeitos na primeira semana [...]”.