Quando os cientistas descobriram pela primeira vez o papel do RNA na célula, na década de 1960, poucos pensaram que ele poderia ter sido o material primordial da vida. Entregando informações dos genes para as fábricas construtoras de proteínas, ele parecia um mensageiro inferior. Mas, em 1982, Thomas Cech, então trabalhando na Universidade do Colorado, descobriu que o RNA é na verdade uma espécie de híbrido molecular. De um lado, ele pode carregar informações em seu código. Por outro lado, Cech descobriu que ele também pode atuar como uma enzima, capaz de alterar outras moléculas.
(ZIMER, 2009, p.177).
A partir das informações do texto e do conhecimento científico atualmente aceito a respeito das características estruturais e fisiológicas dos primeiros seres vivos, é correto afirmar:
O padrão eucarionte dos seres protobiontes favoreceu o estabelecimento de um material genético de RNA envolvido em uma carioteca primitiva.
A interação entre estruturas coacervadas, membranas lipoproteicas, RNA e mitocôndrias possibilitou a formação dos primeiros seres vivos com natureza heterotrófica.
A ação enzimática do RNA favoreceu o controle metabólico das reações químicas no interior dos seres coacervados de forma independente da presença de uma membrana lipoproteica.
Seres que apresentavam RNA como material genético foram preservados pela seleção natural em detrimento dos seres de DNA, o que justifica o grande sucesso evolutivo que esse grupo apresentou ao longo da história da vida.
O RNA presente nas células primordiais deveria apresentar tanto uma função replicadora, como também uma ação catalítica junto às reações químicas já presentes no interior dos protobiontes.