"Quando eu era jovem, andava nos ônibus da Green Line para ir à escola. Eles eram bem cuidados e agradáveis e definiam uma cidade com suas rotas. Hoje, a proprietária gestora dos ônibus é a 'Arriva'... sua finalidade principal parece ser ligar suburbanos isolados a enormes shoppings, muitas vezes sem qualquer referência à lógica da geografia urbana. Não há uma nenhuma rota que cruze Londres."
(Tony JUDT. Pensando o século XX. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 380)
O historiador Tony Judt faz observações agudas sobre aspectos da vida urbana em Londres. Sobre elas é possível afirmar que ele
nota, como um problema, a existência de
subúrbios isolados do conjunto da cidade, cuja
ligação mais ativa é com shoppings, e não com o
espaço urbano pleno.
percebe, como um avanço, uma rota mais
racional da linha de ônibus citada, que atualmente
foge do problema de ter que atravessar a cidade
densa de Londres.
critica a Londres de sua juventude porque ela não
garantia aos suburbanos isolados acesso às formas
mais avançadas de consumo situadas nos grandes
shoppings..
lamenta que as pessoas do subúrbio não mais frequentem o centro de Londres, mas admite que isso é um avanço pela maior eficiência de acesso ao consumo.