Quando comecei a me interessar pela Idade Média, era ela uma época definida como um período intermediário entre a Antiguidade e os Tempos Modernos. Dava-se como seu início a queda institucional do Império Romano do Ocidente, em 476, e como seu fim, a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453, ou a descoberta (inconsciente) da América por Colombo em 1492.
Até o fim do século XVIII, a imagem dominante da Idade Média, elaborada e imposta pelos humanistas e depois pelos filósofos das luzes, era a de uma idade bárbara e obscurantista, dominada pelos senhores incultos e predadores e por uma Igreja opressiva e que desprezava o verdadeiro saber.
Resisti à imagem cinzenta e cansativa de uma Idade Média dominada por uma concepção essencialmente jurídica do regime feudal e por camponeses. Acredito numa longa Idade Média, porque não vejo a ruptura do Renascimento. É preciso esperar o fim do século XVIII para que a ruptura se produza: a Revolução Industrial na Inglaterra e, depois, a Revolução Francesa, nos domínios político, social e mental, trancam com chave o fim do período medieval.
Jacques Le Goff. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, p. 12-14 (com adaptações).
A Segunda Guerra Mundial foi um momento de grande inflexão do século XX, e o mundo que emergiu ao final do conflito, em 1945, tornou-se demasiado diferente daquele existente em 1939.
Considerando uma retrospectiva desse período até os dias atuais, assinale a opção correta.
O fortalecimento internacional da Europa, em decorrência do conflito, estancou ou mesmo inviabilizou as independências de suas colônias africanas e asiáticas.
Os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foram inimigos durante a Segunda Guerra Mundial e disputaram o domínio mundial após o fim do conflito.
Derrotados na guerra, países como Alemanha, Itália e Japão (Eixo fascista) foram postos à margem da política mundial, situação mantida até a atualidade.
A concepção de Guerra Fria refere-se ao embate entre as duas superpotências egressas do conflito em disputa pela hegemonia mundial, alicerçada no confronto ideológico capitalismo versus socialismo.