Publicado pela primeira vez em 1932, Menino de Engenho marca a estreia de José Lins do Rego como romancista. Considerado como um dos principais representantes da estética do chamado “romance de 30”, esse livro exerceu profunda influência na ficção brasileira do século XX. Assinale a alternativa que não se aplica ao romance.
O romance retrata a vida nos engenhos do interior nordestino, enfocando um conjunto de relações humanas e sociais que acompanha o fim da escravidão e nas quais a dependência entre senhores e servos é preservada.
Narrada em primeira pessoa, a história se inicia com a chegada de Carlos de Melo ao Engenho Santa Rosa, pertencente ao coronel José Paulino, avô da personagem, e termina com a ida do menino para o internato.
Certa precocidade de relações entre homens e mulheres transparece no fato de que o narrador, quando tinha entre 10 e 12 anos, teve seu primeiro contato físico com uma mulher, representada pela negra Zefa, que marcaria sua infância.
O autor faz referências também ao coronel Lula de Holanda, proprietário do Engenho Santa Fé, apresentando-o como símbolo de relações sociais decadentes, num contraponto aos valores vigentes no outro engenho.
Um evento importante na vida do narrador ocorre no momento em que, contestando a religiosidade de sua mãe, nega, diante dela, a existência do inferno, num ato de rebeldia que redundaria em punição.