-Psiu, não digas nada. As palavras emocionadas
saem da boca depressa demais e costumam
terminar dizendo coisas que não são totalmente
verdadeiras. E devemos ser respeitosos com as
[5] palavras, porque elas são a vasilha que nos dá a
forma. [...] É a palavra que nos faz humanos, que nos
diferencia dos outros animais. A alma está na boca.
Mas, para nossa desgraça, os humanos já não
respeitam o que dizem. [...] as palavras não devem
[10] ser como mel, pegajosas e espessas, doces
armadilhas para moscas incautas, e sim como
cristais transparentes e puros que permitam
contemplar o mundo através delas.
MONTEIRO, Rosa. História do rei transparente. Tradução de Joana Angélica d’ Ávila Melo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. p. 119. (Fragmento).
Assinale a alternativa em que a substituição da forma verbal que se apresenta no modo imperativo negativo em “- Psiu, não digas nada”, para o imperativo afirmativo, sem alteração da pessoa gramatical, está correta:
- Psiu, digas...
- Psiu, dizei...
- Psiu, dize...
- Psiu, diga...
- Psiu, dizes...