“Povos e povos indígenas desapareceram da face da terra como consequência do que hoje se chama, num eufemismo envergonhado , “o encontro ” de sociedade do Antigo e do Novo Mundo . Esse morticínio nunca visto foi fruto de um processo complexo cujos agentes for am homens e microrganismos mas cujos motores últimos poder iam ser reduzidos a dois: ganância e ambição, formas culturais de expansão do que se convencionou chamar o capitalismo mercantil. Motivos mesquinhos e não uma deliberada política de extermínio conseguiram esse resultado espantoso de reduzir uma população que estava na casa dos milhões em 1500 aos parcos 200 mil índios que hoje habitam o Brasil. [...]. Durante quase cinco séculos, os índios foram pensados como seres efêmeros, em transição: transição para a cristandade, a civilização, a assimilação, o desaparecimento. Hoje se sabe que as sociedades indígenas são parte de nosso futuro e não só de nosso passa do . [.. .]” .
(CUNHA, Manuela Carneiro da. Histór ia dos Índios no Bras il . São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 12-22)
Com base no fragmento de texto da autora Manuela Carneiro da Cunha, do livro “História dos Índios no Brasil” (1992), e nas tabelas I e II, considera -se:
Os resultados do Censo demográfico brasileiro IBGE (2010) apontam uma nova dinâmica entre a população branca e a população não branca. O Censo registrou que a população não branca é maior que a população branca, correspondendo a 52,27% da população total. Ainda, vislumbra-se o aumento significativo da população indígena, que contradiz as teses homogeneizantes da aculturação e tem demonstrado a resiliência dos povos indígenas.
A população branca ainda é maioria na região sul; quase metade da população não se declarou branca na região sudeste; há um aumento significativo nas regiões norte e nordeste, com mais de 70% da população tendo se declarado não branca. Por outro lado, a população indígena diminuiu significativamente sua população nas últimas décadas decorrente das relações de contato Inter étnico que ocorreram na década de 1970.
Os resultados do censo demográfico brasileiro IBGE (2010) apontam uma proporção significativa entre a população branca e a população não branca. Pela primeira vez na história do Brasil o censo registra que a população não branca é maior que a população branca, corresponde a 52,27% da população total. Ainda, vislumbra-se o aumento significativo da população não indígena, o que afirma as formas homogeneizantes da aculturação e o extermínio etnocida dos povos indígenas.
A população branca ainda é maioria na região sul; quase metade da população não se declarou branca na região sudeste; houve aumento significativo da população que se declarou não branca nas regiões norte e nordeste, mais de 70%. Por outro lado, a população indígena cresceu significativamente sua população, alcançando em termos proporcionais a população não indígena.
Os resultados do Censo demográfico brasileiro IBGE (2010) apontam uma nova dinâmica entre a população branca e a população não branca. O Censo registrou que a população branca é maior que a população não branca, corresponde a 52,27% da população total. Ainda, vislumbra-se o aumento significativo da população indígena, que contradiz as teses homogeneizantes da aculturação e tem demonstrado a resiliência dos povos indígenas.