Pode-se afirmar, didaticamente, que a estética literária nomeada de Realismo inicia no Brasil na:
segunda metade do século XIX, de clara influência francesa, valorizando a forma, cultuando a arte pela arte; baseou-se no antirromantismo ao explorar o binômio objetividade temática / culto à forma e buscar a impassibilidade e a impessoalidade por meio do universalismo descritivo, configurando-se em textos artificias.
primeira metade do século XIX, estabelecendo uma clara definição tanto para o público quanto para o papel social do escritor conectado ao nacionalismo, ajustando a literatura às aspirações da jovem pátria e com forte apelo à imaginação e uma imagem sentimental e subjetiva da mulher.
segunda metade século XIX, com temas contemporâneos documentando a vida do indivíduo comum, com obras que propiciavam a análise e a valorização desse indivíduo como um ser social e apresentando críticas de cima para baixo sobre a sociedade e sua falsa moral e excessiva religiosidade.
virada do século XIX para o XX, com clara rejeição ao cientificismo, valorizando o metafísico e o espiritual, voltando-se para uma realidade subjetiva; buscou a alma do ser humano, alcançável por meio da morte.
segunda metade século XIX, com temas contemporâneos experienciando a vida de grupos sociais, com obras que propiciavam a análise e a valorização da espécie humana como seres instintivos e apresentando críticas de baixo para cima sobre a sociedade e sua falsa moral e excessiva religiosidade.