Planta comigo-ninguém-pode
A planta comigo-ninguém-pode é uma herbácea muito cultivada em residências e em estabelecimentos comerciais. Suas folhas são muito vistosas, com áreas verdes e manchas esbranquiçadas características, o que geralmente, em Biologia, é interpretado como um sinal de alerta para os animais, sinalizando-as como plantas potencialmente tóxicas.
A mastigação, ainda que de pequenas porções, de folhas ou pecíolos dessa planta, às vezes causa intensa irritação na boca, faringe e laringe, com inchaço da língua e estreitamento da passagem de ar nas vias aéreas superiores. Dependendo da gravidade da reação do organismo, pode ocorrer morte por asfixia.
A irritação e o inchaço são consequências de um processo alérgico causado por alguns componentes encontrados apenas em certas células da planta. Um desses componentes é o oxalato de cálcio, que se apresenta no formato, de longos cristais reunidos em feixes. O outro componente é o suco vacuolar, que banha os cristais e contém uma proteína com atividade enzimática. Os cristais, por terem extremidades cortantes, perfuram a mucosa bucal, permitindo a penetração do suco vacuolar. A proteína do suco provoca o rompimento das membranas celulares das células da mucosa bucal, que liberam histamina e outras substâncias, que desencadeiam o processo alérgico.
(LOPES, SÔNIA. Bio: Volume 2. Saraiva, 2006. Adaptado)
De acordo com o texto, é correto afirmar sobre a planta citada que
possui ramos verdes, com folhas grandes e flores vistosas, sendo muito utilizada na alimentação de vários animais herbívoros.
a simples mastigação ou ingestão de um pedaço de suas flores e raízes é capaz de causar intoxicações graves.
a mastigação de suas folhas libera cristais de oxalato de cálcio que penetram nos tecidos resultando em lesões.
todas as suas células podem desencadear um processo alérgico e distúrbios cardíacos.
o suco vacuolar das células de suas folhas possui histamina, que atua na reorganização das membranas celulares dos tecidos foliares.