Patrimonialismo é um modelo de administração, típico dos estados absolutistas europeus, e tinha como principal característica a não distinção entre o que era bem público e o que era bem privado. Em outras palavras, não havia distinção entre o que pertencia ao Estado e o que pertencia ao detentor do poder, no caso de Portugal, o rei Dom Manuel I. Se esse modelo estivesse vigorando, hoje, no Brasil, seria o mesmo que dizer que o presidente da república seria dono de todos os bens do Estado brasileiro: móveis, imóveis, utensílios, acessórios, enfim, tudo seria dele porque, no Estado Patrimonialista, prevalece a seguinte mentalidade: tudo o que pertence ao Estado pertence, também, ao detentor do poder.
Disponível em: <http://www.politize.com.br/patrimonialismo-administracao-publica-brasil/>. Acesso em: set. 2017. Adaptado.
A sobrevivência de práticas patrimonialistas na administração pública brasileira pode ser observada no
nepotismo — emprego, em cargos administrativos das esferas federal, estadual ou municipal, de familiares de agentes públicos como extensão do poder pessoal desse agente empregador, sem passarem pelo crivo do concurso público.
patriarcalismo — controle do governo de um estado pelo patriarca mais graduado entre as famílias da elite econômica local.
clientelismo — uso do poder carismático de um agente público como forma de garantir o controle sobre projetos e programas urbanísticos de setores públicos.
municipalismo — expansão do poder das lideranças locais que gerenciam as rendas públicas em parceria com os sindicatos rurais.
federalismo — divisão geográfica e territorial do país, ficando cada unidade sob a liderança e controle de uma oligarquia partidária.