Para o homem europeu medieval, o referencial de todas as coisas era o sagrado, fenômeno comum de sociedades muito dependentes da natureza e, portanto, à mercê de forças desconhecidas e não controláveis. Isso gerava, compreensivelmente, um sentimento generalizado de insegurança. Temia-se pelo resultado, quase sempre pobre, das colheitas. Temia-se a presença frequente das epidemias, que não se sabia combater. Desamparado diante de uma natureza frequentemente hostil, o indivíduo procurava as origens disso, e as possíveis escapatórias, num mundo do Além.
Franco Júnior, Hilário. A Idade Média, nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2006, p. 139. Adaptado.
De acordo com o autor, é correto afirmar que
o desenvolvimento do sistema de rotação tornava as colheitas previsíveis e dinamizava as redes comerciais intercontinentais, das quais a Europa feudal era o principal centro produtor.
a sacralização foi substituída pelos investimentos no desenvolvimento da ciência, vista como meio de solucionar os problemas que afligiam o europeu medieval.
a relação da sociedade medieval com a natureza era pacífica, porque o racionalismo indicava soluções práticas para os problemas cotidianos.
a sensação de insegurança diante do inesperado fez com que essas sociedades medievais buscassem a solução no sobrenatural.
a sociedade medieval, de valores antropocêntricos, viu na domesticação da natureza a solução para problemas sanitários.