Para o crítico Fábio Lucas, a obra Noite na taverna, de Álvares de Azevedo, pode ser considerada tanto uma “coletânea de sete contos”, quanto uma “novela de sete episódios”.
LUCAS, F. “O conto no Brasil moderno”. O livro do seminário (ensaios): 1ª Bienal Nestlé de literatura 1982. São Paulo. LR Editores. 1983.
Assinale a alternativa que justifica essa diferente possibilidade de classificação:
Na época de Álvares de Azevedo, poeta da segunda fase do romantismo, não havia o gênero literário conhecido atualmente como romance. Assim, as narrativas em prosa eram classificadas como contos ou novelas.
A obra Noite na taverna, marcada por características do ultra-romantismo, não pode ser classificada de acordo com os critérios românticos. Trata-se, portanto, de uma “coletânea de sete contos” ou de uma “novela de sete episódios”.
Manuel Antônio Álvares de Azevedo morreu, em 1852, aos vinte anos de idade. Noite na taverna é uma obra póstuma, publicada pela primeira vez em 1855. Desse modo, a obra é necessariamente uma novela ou uma coletânea de contos.
Os episódios narrados pelas personagens do livro são independentes entre si, fato a considerá-los como contos. Por outro lado, ocorre uma história comum com os narradores desses episódios. E essa história pode ser considerada uma novela.
Na época de Álvares de Azevedo, Noite na taverna foi considerada uma “novela de sete episódios”. Atualmente, para não ocorrer uma confusão com o termo novela, programa de TV em capítulos, o livro é classificado como “coletânea de contos”.