Unioeste Tarde 2021

Os trechos de fontes indicados abaixo mencionam questões ligadas a conflitos na Irlanda do Norte, em particular o denominado Domingo Sangrento de 1972.

 

Fonte 1

 

Domingo, Sangrento Domingo

Não posso acreditar nas notícias de hoje
Não posso fechar os olhos e fazê-las desaparecerem
Por quanto tempo, por quanto tempo teremos que
cantar esta canção?
Por quanto tempo, por quanto tempo?
Porque esta noite
Nós podemos ser um só, esta noite
Garrafas quebradas sob os pés das crianças
Corpos espalhados num beco sem saída
Mas eu não vou atender ao chamado da batalha
Isso coloca as minhas costas, as minhas costas
contra a parede (...)
E a batalha apenas começou
Há muitos que perderam, mas diga-me: quem
venceu?
As trincheiras cavadas em nossos corações
E mães, filhos, irmãos, irmãs dilacerados
Domingo, sangrento domingo

CLAYTON, Adam; BONO; MULLEN JR., Larry, EDGE. “Sunday Bloody Sunday”. In: U2. War. Dublin: Island Records, 1983. Faixa 1. Disco de vinil. Disponível em: https://www.letras.mus. br/u2/385206/traducao.html Acesso em: 10 dez. 2020.

 

Fonte 2

 

Era a manhã de segunda-feira e, no Twitter, a polícia norte-irlandesa anunciava o que, em 43 anos, nunca dera sinais de poder vir a acontecer. Um dos agentes que a 30 de janeiro de 1972 tinha disparado sobre vários manifestantes em Derry, num protesto contra (sobretudo) o aprisionamento de centenas de pessoas, suspeitas de pertencerem ao IRA (Exército Republicano Irlandês) (...) E só agora chegou o primeiro suspeito detido pelas autoridades. (...) O britânico foi um de vários soldados das Forças Armadas britânicas citados (...) na investigação do Saville Report, um relatório que demorou 12 anos a ser concluído (...) A investigação, tornada pública em 2010, concluiu que os militares dispararam sobre manifestantes quando “nenhum constituía uma ameaça de morte ou de causar ferimentos graves” (...) a polícia norte-irlandesa abriu uma investigação a vários incidentes ocorridos durante o The Troubles — período de conflito, com cerca de três décadas, em que a Irlanda do Norte foi palco de confrontos entre facções nacionalistas, sobretudo católicas e a favor de uma Irlanda unida, e outras pró-britânicas, protestantes, defensoras de uma Irlanda do norte integrada no Reino Unido. A detenção do Soldado J é a mais recente das autoridades do país e a primeira relacionada com o Domingo Sangrento. Mas já várias vozes falaram sobre a hipótese, e os perigos que lhe são inerentes, de despertar sentimentos de revolta e ressentimento. (...) O antigo secretário de Estado britânico para a Irlanda do Norte, cargo que ocupou entre 1999 e 2001, alertou para “os perigos” de rebobinar tanto a [fita] cassete da história: “Os perigos estão na memória das pessoas, na capacidade de produzirem as suas próprias provas e factos do que ocorreu há tanto tempo e de as apresentarem a algum tribunal, comissão de justiça ou o que seja”.

POMBO, Diogo. “A primeira detenção do Domingo Sangrento, 43 anos depois”. In Observador. 11 nov. 2015. Disponível: https://observador.pt/2015/11/11/primeira-detencao-do-domingo- -sangrento-43-anos/ Acesso em: 10 dez. 2020.

 

Fonte 3

 

(...) “Eu concluí [2020] que a evidência disponível é insuficiente para um prospecto razoável de condenação de qualquer um dos 15 soldados”, disse Marianne O’Kane, assistente da promotoria.

 

Sobre as tensões na Irlanda do Norte é CORRETO afirmar.

a

Em 2020, como parte dos acordos firmados com o Brexit, a Irlanda do Norte se desvinculou do Reino Unido em razão do convívio hostil entre unionistas e republicanos, além da comoção frente às denúncias públicas sobre mortes, prisões e massacres diante dos embates por direitos civis e religiosos.

b

Somente no início do século XX passou a existir conflitos armados na ilha, ocorridos em função da guerra civil e independência da região sul da Irlanda. Antes disso, o acordo firmado diante do domínio inglês era aceito e almejado pela maioria dos irlandeses desde o século XVII.

c

A Irlanda do Norte apresenta um estado latente de tensão social, tanto pela intolerância religiosa e descontentamento (de unionistas e separatistas), além da emergente apreensão sobre possíveis desdobramentos advindos de investigações de conflitos anteriores e de sua posição frente ao Brexit.

d

O IRA (Irish Republican Army – Exército Republicano Irlandês) se constituiu como um dos grupos que defendiam a autonomia da Irlanda do Norte frente ao Reino Unido, contando com maioria de apoiadores protestantes.

e

O acordo firmado em Belfast, em 1998, significou o fim dos conflitos separatistas e o arquivamento de investigações relacionadas ao interesse irlandês republicano de criar o país Basco.

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C
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