Os selfies enriquecem a vida
Os autorretratos por smartphone ensinam que a mesmice não existe - e oferecem uma jornada de autoconhecimento
[1] Não há gesto intelectualmente mais correto que criticar os selfies, como são conhecidos os autorretratos via
smartphones que se popularizaram com a disseminação dos celulares com recursos avançados de captação de
imagem. Hipsters e acadêmicos se ocupam em associar as fotos em que modelo e fotógrafo se confundem com o
fenômeno do narcisismo da era das celebridades. Os selfies são a abreviatura em inglês que surgiu do diminutivo de
[5] self-portrait. São os autorretratinhos e, por extensão, poderiam ser vertidos para o neologismo em português
“autinhos” – ou melhor ainda, “mesminhos”. Os selfies seriam uma chaga contemporânea, o sintoma da decadência
dos valores da humildade e da decência.
Seriam mesmo? O estigma aos selfies tornou-se uma caça às bruxas da egolatria. Mas essa nova cruzada parece mais
ingênua e pervertida que a própria prática que as pessoas adotaram de tirar fotos de si próprias. Atire a primeira
[10] farpa quem nunca fez um selfie. Ou selfie do selfie, posando diante de um espelho para criar um abismo infinito.
(Luís Antônio Giron, http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-giron/noticia/2014/04/os-bselfiesb-enriquecem-vida.html)
No texto, ao analisar os “selfies”, o autor segue as normas aprovadas pelo Novo Acordo Ortográfico, eliminando o hífen após o prefixo “auto”, como em “autorretrato” e “autoconhecimento”. Há uma situação, no entanto, em que o hífen deve ser mantido, de acordo com as novas regras gráficas. Assinale a alternativa em que isso ocorre.
auto-controle
auto-suficiente
auto-hipnose
auto-destruição
auto-biografia