A questão aborda um procedimento comum em análises químicas de amostras ambientais, como água de rio ou mar, onde se mede a concentração de metais. O texto introdutório explica que se adiciona um ácido forte (HNO₃) para impedir a precipitação de compostos pouco solúveis desses metais.
O comando da questão pergunta por que, caso a precipitação ocorra (apesar da tentativa de impedi-la, ou na ausência dela), o resultado da análise pode ser subestimado.
Vamos entender o processo:
- A análise química visa determinar a quantidade (concentração) de metais presentes na amostra de água. Geralmente, mede-se a quantidade de metal dissolvido na fase aquosa.
- Precipitação é o processo de formação de um sólido (o precipitado) a partir de uma solução. Isso acontece quando a concentração de íons na solução excede a solubilidade do composto que eles podem formar, ou quando uma reação química gera um produto insolúvel.
- Se parte dos metais presentes na amostra precipita, significa que esses metais deixam de estar dissolvidos na fase líquida (água) e passam a compor uma fase sólida.
- Como a análise geralmente mede o que está dissolvido na fase líquida, a porção do metal que precipitou (formou o sólido) não será contabilizada (ou será contabilizada incorretamente) pelo método analítico usual para a solução.
- Portanto, a quantidade de metal medida na fase líquida será menor do que a quantidade total de metal originalmente presente na amostra (dissolvido + precipitado). Isso leva a um resultado subestimado (estimado abaixo do valor real).
Analisando as alternativas:
- A: Afirma que ocorreu passagem de parte dos metais para uma fase sólida. Isso descreve exatamente o processo de precipitação e a razão pela qual a concentração medida na fase líquida diminui, levando à subestimação. Esta é a resposta correta.
- B: Volatilização é a passagem para a fase gasosa. Precipitação forma um sólido, não um gás.
- C: Precipitação é uma mudança de fase ou formação de um composto diferente, mas não altera a natureza fundamental do elemento (metal continua sendo metal).
- D: Precipitação forma uma fase sólida, não uma nova fase líquida imiscível.
- E: Embora a interação com o recipiente possa ocorrer, a precipitação em si é a formação de um sólido na solução, e é essa remoção da fase líquida que causa a subestimação descrita.
Conclusão: A precipitação remove parte do analito (metais) da fase líquida (solução) para a fase sólida (precipitado), fazendo com que a análise da fase líquida resulte em um valor menor que o total presente na amostra.