“Os livros didáticos, sobretudo os de História, ainda estão permeados por uma concepção positivista da historiografia brasileira, que primou pelo relato dos grandes fatos e feitos dos chamados ‘heróis nacionais’, geralmente brancos, escamoteando, assim, a participação de outros segmentos sociais no processo histórico do país. [...]”
FERNANDES, José Ricardo Oriá. Ensino de História e Diversidade Cultural: Desafios e Possibilidades. 2005, p 380. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n67/ a09v2567.pdf. Acesso em: 19 jul. 2019.
José Ricardo Oriá Fernandes aponta vários prejuízos que a concepção apresentada na epígrafe causou no ensino de História no Brasil, os quais a Lei nº 10.639/2003 veio retificar.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. Apesar da renovação teórico-metodológica da História nos últimos anos,o conteúdo programático dessa disciplina na escola fundamental tem valorizado uma visão monocultural e eurocêntrica sobre o nosso passado.
II. Oculta-se o genocídio e etnocídio praticado contra as populações indígenas no Brasil: eram cerca de cinco milhões à época do chamado “descobrimento”, hoje não passam de 350 mil índios.
III. Os currículos e manuais didáticos silenciam e chegam até a omitir a condição de sujeitos históricos das populações negras e ameríndias, e têm contribuído para elevação dos índices de evasão e repetência de crianças advindas dos estratos sociais mais pobres.
São afirmativas que indicam quais foram as dificuldades que a visão positivista da História do Brasil causou ao valorizar uma história dos brancos, dos pretensos heróis e focada nos chamados “grandes feitos nacionais”:
I e II, apenas.
I e III, apenas.
II e III, apenas.
I, II e III.