Os excertos abaixo fazem parte do soneto “Velhas árvores”, de Olavo Bilac. Leia-os com atenção.
Velhas árvores
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
[...]
Fonte: Velhas árvores. In: BILAC, Olavo. Antologia: Poesias. Coleção a obra-prima de cada autor. São Paulo: Martin Claret, 2002. Alma Inquieta. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>. Acesso em: 13 fev. 15.
Olavo Bilac integrou a tríade parnasiana e, no soneto lido, a filiação ao Parnasianismo explicita-se, marcadamente, na
oposição entre desejos humanos e lei divina, manifesta na visão da árvore velha.
manifestação idealizando o envelhecimento humano
preocupação com o rigor formal, expressa na rima nos quartetos do soneto.
preocupação em criticar os problemas sociais e sublinhar valores positivos, representados na força da árvore velha.
busca de uma estética nacionalista que valoriza elementos da natureza brasileira.