Os contos de Laços de família, de Clarice Lispector, têm em comum
o viés da sátira de costumes, com o objetivo de delinear os comportamentos estereotípicos da família brasileira por meio de um discurso cômico.
a caracterização de personagens excêntricas, com rotinas e comportamentos considerados inverossímeis à época de publicação do livro.
o foco narrativo sem acesso ao interior das personagens, favorecendo o distanciamento necessário para o leitor assumir uma postura crítica.
os enredos centrados mais na dimensão simbólica das experiências pessoais do que na sequência factual e realista dos eventos.
a apresentação de mulheres na condição de protagonistas, uma vez que o livro inaugura a literatura de engajamento feminista, na década de 1960.