Os compostos carbonílicos são emitidos diretamente para a atmosfera por fontes naturais e antropogênicas ou formados pela foto-oxidação de hidrocarbonetos. São compostos muito reativos, principalmente por se constituírem na maior fonte de radicais livres. De forma direta ou indireta, o aumento de suas concentrações afeta a qualidade do ar.
A presença de compostos carbonílicos no ar diminui o período de indução do “smog” fotoquímico e eleva a quantidade de ozônio na troposfera. Além disso, esses compostos também são os precursores de uma classe de poluentes secundários e de ácidos orgânicos atmosféricos os quais contribuem para a chuva ácida e a acidificação de lagos.
Entre os componentes das emissões naturais de compostos carbonílicos, podem ser citados etanal, propanal, 2-metil-propanal, 2-metil-butanal, 3-metil-butanal, propanona, butanona e but-3-en-2-ona, todos oriundos de formigas (Mymica rubra L). Já nas antropogênicas, destacam-se, principalmente, metanal e etanal, seguidos de uma fração menor (cerca de 10%) representada por propanal, propanona, acroleína (propenal) e benzaldeído (fenil-metanal), entre outros. As principais fontes dessas emissões são as indústrias, o uso de combustíveis, a incineração do lixo e as queimadas florestais.
ANDRADA, Marta V. A. S. de, et al. Compostos carbonílicos atmosféricos: fontes, reatividade, níveis de concentração e efeitos toxicológicos, Química Nova, Vol 25, número 6B, 2002 – (Adaptado)
Sobre os compostos citados no texto, pode-se constatar que