Onde está o respeito na escola?
Jocelin Azambuja, Presidente do Conselho Sul-Americano de Comisiones e CPMs/APMs
[1] A escola, hoje, de maneira geral, vive sérios
problemas. Entre eles, a falta de respeito en-
volvendo alunos e professores. A redemocrati-
zação do país atingiu a escola, que, buscando
[5] práticas democráticas, não soube mais desen-
volver os limites necessários em qualquer or-
ganização social. As regras são fundamentais,
quer na família, quer na escola, e estas, quando
não sabem dar limite e responsabilidades a
[10] seus alunos e filhos, acabam por se perder em
seus próprios erros.
É importante que façamos uma reflexão so-
bre esta realidade. Professores, pais e estu-
dantes devem se indagar sobre as razões que
[15] levam as escolas com propostas de maior rigor
e disciplina a conseguir melhores resultados
educacionais. É importante que governantes e
sociedade analisem também sob este foco os
dados do Enem e de outras avaliações educa-
[20] cionais.
Dois aspectos, além dos limites, podem ser
positivos, a meu ver, para melhorar a escola: a
valorização da participação da família, para es-
timular a integração dos pais à escola, partici-
[25] pando das atividades das associações de pais,
os CPMs/APMs, e da vida escolar de seus fi-
lhos em permanente debate, trocando ideias e
buscando objetivos que tornem o dia-a-dia da
escola melhor e a educação mais qualificada.
[30] Importante lembrar que a organização dos pais
através dos CPMs/APMs tem chamado a aten-
ção de pesquisadores em nosso Estado e no
país. Outro aspecto é a volta do uso de unifor-
me. Entendo que o uniforme é fundamental para
[35] dar maior segurança e igualdade na escola. Na
Argentina, no Uruguai, países do Mercosul, e
nos países considerados desenvolvidos, usa-se
uniforme, inclusive para professores, evitando
com esta prática as competições, as diferenças
[40] entre os estudantes e auxiliando na segurança
e disciplina no espaço escolar.
Precisamos repensar a instituição escolar,
para que dê limites e responsabilidades, que
receba investimentos materiais e técnicos, para
[45] que seja uma instituição em que o respeito ao
aluno e dos alunos aos professores seja uma
prática constante. Precisamos aliar a isto o 1-
deal dos professores, o ideal de formar homens
e mulheres para o futuro deste país, pais que
[50] participem do dia-a-dia da escola de seus fi-
lhos e governantes que entendam que a educa-
ção é a solução.
ZERO HORA, O X da Educação 18/03/2009
Marque V (Verdadeiro) ou F (Falso).
( ) A palavra “democráticas” (l. 5) leva acento porque é proparoxítona.
( ) A palavra “práticas” (l. 5) leva acento porque é uma paroxítona terminada em ditongo crescente.
( ) A palavra “país” (l. 4) leva acento porque é uma oxítona terminada em “s”.
( ) A palavra “países” (l. 37) leva acento porque o “i” é tônico, em hiato com a vogal anterior.
( ) A palavra “além” (l. 21) leva acento porque é uma oxítona terminada em “em”.
A sequência correta é
V – F – F – F – V.
V – F – F – V – V.
V – F – F – F – V.
F – F – F - V – V.
F – F – V – V - V.
Neste exercício, analisamos as regras de acentuação gráfica em Português para determinar se cada justificativa apresentada é verdadeira ou falsa. A resposta correta é a alternativa (B), pois a sequência de verdadeiro (V) e falso (F) para as afirmações é V-F-F-V-V.
• “democráticas” é uma proparoxítona, por isso é acentuada (V).
• “práticas” também é proparoxítona, mas a justificativa dada diz que seria “paroxítona terminada em ditongo crescente”, o que está incorreto, pois sua tonicidade recai na antepenúltima sílaba (F).
• “país” recebe acento porque o “i” forma hiato, e não porque seria oxítona terminada em “s” (F).
• “países” tem a sílaba tônica em “í” (hiato entre “a” e “i”), justificando o acento (V).
• “além” é acentuada porque é uma oxítona terminada em “em” (V).
Revisão de Conceitos
Na Língua Portuguesa, as regras de acentuação são aplicadas de acordo com a posição da sílaba tônica e a forma como as vogais se dispõem. Alguns pontos importantes: