UPE SSA 2020

Entre produtores orgânicos, é comum o plantio de diversas variedades, o que aumenta a chance de se preservar, ao menos, parte da lavoura em caso de seca, enchente ou pragas. Nas monoculturas, não há risco de uma praga dizimar completamente uma plantação, em razão do uso massivo de agrotóxicos, apesar de serem mutagênicos.

Plantas que têm em seu genoma um gene de outro organismo e que podem produzir uma substância tóxica às lagartas, mas inofensiva aos mamíferos e outros insetos, são chamadas de transgênicas. Elas podem ser comercializadas com o selo de produtos orgânicos, visto não se fazer uso de agrotóxicos no seu plantio. 

Agrotóxicos aumentam a taxa de mutações nos genes. Certas mutações ocorrem por substituição de um ou mais pares de nucleotídeos no DNA e são mais drásticas, por mudarem toda a sequência de aminoácidos, alterando a proteína, enquanto a perda ou adição de apenas um par de bases afeta, em geral, um aminoácido. 

A seleção natural pode alterar as frequências gênicas de uma população, ao atuar na eliminação ou preservação de determinados fenótipos, gerados pelos respectivos genótipos. Assim, insetos resistentes aos agrotóxicos estão sendo selecionados constantemente, e a dosagem do veneno precisará ser aumentada, ocasionando prejuízo à saúde. 

Na cadeia alimentar, duas pessoas, uma com dieta vegetariana e outra que inclui carne à sua alimentação, irão incorporar a mesma quantidade de veneno, a exemplo do diclorodifeniltricloretano – DDT. Isso se justifica pelo fato de ambas desempenharem o papel de consumidoras primária e secundária, respectivamente, visto a espécie humana ser onívora.