Observe a tirinha.
A fala da garota na tirinha explica-se porque o
pronome “me” não poderia estar depois das formas verbais “Abrace” e “Beije”, de acordo com as normas da gramática tradicional.
menino não usou a colocação pronominal prescrita pela norma culta em “Nunca deixe-me”.
uso de “me” em “Beije-me” fere a prescrição gramatical, que recomenda o uso de “eu” nesse caso.
menino ora usa o pronome “me” depois do verbo, ora antes dele, o que não mantém a uniformidade pronominal.
emprego do pronome de primeira pessoa “me” não pode ocorrer junto de uma forma verbal no imperativo.
Para resolver a questão, siga estes passos:
Identifique as formas verbais:
“Abrace-me!” e “Beije-me!” são imperativos afirmativos; “Nunca deixe-me!” é imperativo negativo.
Revise a regra de colocação pronominal:
No imperativo afirmativo, usa-se ênclise (verbo+pronome). No imperativo negativo, exige-se próclise (pronome+verbo).
Analise o uso em “Nunca deixe-me!”:
O menino colocou o pronome depois do verbo (ênclise), mas, por ser negativo, a norma culta manda próclise: “Nunca me deixe!”.
Interprete a fala da garota:
Ela percebe o erro de colocação em “Nunca deixe-me!” e pede para “acertar o pronome”.
Conclua a resposta:
A alternativa correta é a B, pois aponta que o menino não seguiu a colocação pronominal prescrita pela norma culta no imperativo negativo.
Colocação pronominal em português:
Ênclise: pronome após o verbo (verbo+me). Usada no imperativo afirmativo e quando o verbo inicia a frase ou vem após vírgula/ponto. Ex.: “Diga-me!”.
Próclise: pronome antes do verbo (me+verbo). Exigida em negações, advérbios, pronomes relativos e em perguntas. Ex.: “Nunca me deixe!”.
Mesóclise: pronome no meio do verbo (ver-me-ei). Restrita ao futuro do presente e do pretérito. Ex.: “Dir-me-ei amanhã”.