O vírus da zika tem sido associado a casos de microcefalia, má-formação fetal semelhante à anencefalia, mas menos grave. Em um parecer encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a possibilidade de aborto para mulheres infectadas com o vírus da zika. Por outro lado, uma pesquisa Datafolha realizada em fevereiro aponta que a maioria da população (58%) considera que as mulheres infectadas pelo vírus da zika não deveriam ter direito de abortar. Mesmo no caso de microcefalia, 51% rejeitam a possibilidade de aborto legal.
Fonte: Folha de SP. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/09/1811136-procurador-geral-defende-legalidade-de-aborto-em-gravidas-com-zika.shtml | Publicado: 07/09/2016 | Acesso: 28/09/2016 Adaptado.
Os dados da pesquisa e o parecer do procurador da República demonstram que a contaminação pelo virus da zika é um problema:
inerente à saúde pública e envolve aspectos éticos e legais.
polêmico, embora a microcefalia seja benigna à saúde das crianças.
evitável por meio do uso de medicamentos contraceptivos.
consensual em populações de baixa renda e pouca escolaridade.
desencadedor de gestação de fetos inviáveis à sobrevivência.