Texto para os itens de 1 a 10.
1 Quando o oficial de justiça chegou
Lá na favela
E contra seu desejo
4 Entregou pra seu Narciso
Um aviso, uma ordem de despejo
Assinada, seu doutor
7 Assim dizia a petição
Dentro de dez dias
Quero a favela vazia
10 E os barracos todos no chão
É uma ordem superior
Ô, ô, ô, ô, ô, meu senhor!
13 É uma ordem superior
Ô, ô, ô, ô, ô, meu senhor!
É uma ordem superior
16 Não tem nada não, seu doutor
Não tem nada não
Amanhã mesmo vou deixar meu barracão
19 Não tem nada não, seu doutor
Vou sair daqui
Pra não ouvir o ronco do trator
22 Pra mim não tem probrema
Em qualquer canto eu me arrumo
De qualquer jeito eu me ajeito
25 Depois, o que eu tenho é tão pouco
Minha mudança é tão pequena
Que cabe no bolso de trás
28 Mas essa gente aí, hein?
Como é que faz?
Mas essa gente aí, hein?
31 Como é que faz?
Ô, ô, ô, ô, ô, meu senhor!
Essa gente aí
34 Como é que faz?
Ô, ô, ô, ô, ô, meu senhor!
Essa gente aí, hein?
37 Como é que faz?
Adoniran Barbosa. Despejo na favela. Internet:
<www.letras.mus.br> (com adaptações).
Com base nas ideias e na estrutura linguística do texto, julgue os itens de 1 a 10.
O texto se divide em duas partes: entre as linhas de 1 a 15, narra‑se a chegada do oficial de justiça à favela e a entrega da ordem judicial a seu Narciso; já entre as linhas de 16 a 37, reproduz‑se a fala de seu Narciso ao oficial de justiça.
Certo
Errado