UFPR 2021

O texto a seguir é referência para a questão.

 

Nos atuais debates sobre a globalização, como nas discussões sobre a pós-modernidade, existe uma pressuposição-chave

compartilhada pela maioria dos participantes: a do caráter único da nossa época como a era par excellence da aceleração da
mudança cultural e social, da “compressão do tempo-espaço” seguindo uma revolução nas comunicações, de uma economia global
dominada por corporações multinacionais, da americanização ou até da “McDonaldização” do mundo e assim por diante. Em alguns
[5] aspectos, nossa época é realmente única, mas assim o foram outras gerações e outros séculos. Estamos longe de ser as primeiras
pessoas a ficarem preocupadas ou excitadas pela ideia de que nossas experiências são muito diferentes daquelas das gerações
passadas. De fato, se definirmos globalização como um processo de contatos cada vez mais intensos – sejam econômicos, políticos
ou culturais – entre diferentes partes do mundo, então é necessário admitir que esse processo vem se desenvolvendo há milhares
de anos – com interrupções relativamente menores em alguns lugares, como no Império Romano em declínio. Que esse processo
[10] de interação entre diferentes partes do globo aumentou sensivelmente em importância no século XIX, especialmente no fim do
período, é o tema de dois recentes estudos históricos, de um escritor italiano e de outro, inglês. O primeiro apresenta dois tipos de
globalização: a econômica, relacionada ao surgimento de um mercado mundial e suas consequências para a vida de milhões de
pessoas; e a ascensão da cooperação internacional. Já o escritor inglês se refere à importância do que chama de “globalização
arcaica”, ou seja, a crescente uniformidade nos sistemas econômicos, sociais, políticos e culturais dominantes em diferentes partes
[15] do globo num longo século XIX que vai de 1780 a 1914. Perto do fim do estudo, o inglês enfatiza a importância especial do fim do
século XIX, ou mais exatamente do período 1890-1914, a época do que chama a “grande aceleração” da mudança.

(Peter Burke. Quando foi a globalização? In: O historiador como colunista: ensaios da Folha. RJ: Civilização Brasileira, 2009. Adaptado.)

O período “Em alguns aspectos, nossa época é realmente única, mas assim o foram outras gerações e outros séculos” (linhas 4-5) pode ser interpretado, sem prejuízo de sentido, como:

a

Nossa época é indubitavelmente única em certos aspectos, embora outras épocas e gerações também apresentem essa mesma característica.

b

Apenas em alguns aspectos nossa época pode ser considerada única, no entanto não é o caso de outras épocas consideradas únicas como um todo.

c

Por ser considerada única em alguns aspectos, é por eles que nossa época assemelha-se à de outros séculos e de outras gerações.

d

Apesar de outros séculos e outras gerações considerarem sua época como única, segundo o historiador, apenas a nossa o é.

e

Outras épocas foram consideradas únicas por suas gerações, ao contrário da nossa, que é única apenas em alguns aspectos.

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A
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