O termo “pré-modernismo” foi criado por Tristão de Ataíde para designar o período cultural brasileiro que se estende do início do século XX até a Semana de Arte Moderna. Sobre esse período, assinale a alternativa correta.
Por meio do critério cronológico, são consideradas pré-modernistas não apenas obras inovadoras, como a poesia neoparnasiana e a prosa de Coelho Neto, mas também obras conservadoras e tradicionais, como os romances de Lima Barreto, que, historicamente, se inscrevem no Pré-modernismo, mas são antimodernistas.
Por meio do critério estético, é possível considerar pré-modernistas obras inovadoras tanto na temática quanto na forma, configurando um prenúncio da literatura modernista, como é o caso dos contos de Monteiro Lobato e de Lima Barreto.
Com autores como Euclides da Cunha, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Lima Barreto, o enfoque recai sobre os problemas sociais do país, havendo uma retomada do nacionalismo idealizado e ufanista dos escritores românticos.
No que diz respeito ao conteúdo, a prosa ficcional pré-modernista tematiza assuntos novos ou só então considerados, como a imigração alemã no Espírito Santo, nos contos de Lima Barreto, e a miséria do caboclo na zona rural, em Canaã, de Graça Aranha.
Na prosa ficcional pré-modernista, uma das temáticas que se sobressai é a análise do sertanejo nordestino, como se observa, por exemplo, no romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto.