“O termo antiguidade é geralmente descrito como parte dum tempo passado, período da História correspondente as mais antigas civilizações. Porém, é curioso observarmos que o romano Marco Terêncio Varrão (116 a.C – 27 a.C), autor do tratado Da língua latina, escrito no século I a.C., apresentava como antiquíssimos seus antepassados romanos. Já o bispo Isidoro de Sevilha (560/570 – 636), nas suas Etimologias, escritas em pleno século VII, informava que os copistas que transcreviam os escritos mais antigos eram denominados como antiquários”.
(FRIGHETTO, Renan. A Antiguidade Tardia. Roma e as monarquias romano-bárbaras numa época de transformações (séculos IIVIII). Curitiba: Juruá, 2012, p. 19).
A partir do trecho anteriormente citado, marque a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao pensar historicamente um período distante de nossos dias.
No trecho apresentado, temos a clara definição de que a antiguidade corresponde ao período anterior ao romano Marco Terêncio Varrão, ou seja, indivíduos que viveram antes de 116 a.C sempre foram os chamados antigos.
Ao buscar uma explicação correta e convincente sobre a realidade que nos cerca é preciso voltar os olhos para o passado. Não com a intenção de proferir frases como: “A história se repete”; “Temos que aprender com o passado para não repetirmos os erros no futuro”, mas cientes de que muitos dos assuntos que hoje discutimos foram transformados e reformulados por indivíduos anteriores a nós. Sábia é a reflexão: “o novo não pode esquecer-se do velho”.
Os estudos que abordam temas que hoje entendemos como da antiguidade ganham utilidade devido ao grau de curiosidade que carregam, pois nossa sociedade não é devedora das interações culturais dos tempos longínquos.
Compreender que a definição de antiguidade deve ser ponderada segundo o período e a época estudada é o reconhecimento de que o discurso histórico deve obedecer e fundar-se nas grandes divisões cronológicas, tais como: História Antiga, História Medieval, História Moderna e História Contemporânea, pois estas correspondem às realidades vividas.
As vantagens que os estudos de História apresentam quando utilizam os grandes recortes temporais são várias, mas a principal é a possibilidade de enquadrar diversas sociedades com seus hábitos, valores, costumes e seus respectivos espaços de convivência numa mesma baliza temporal. As distinções sociais tornam-se irrelevantes diante das tantas semelhanças que podem ser encontradas quando se pensa nos grandes recortes temporais.