O surgimento de fábricas na cidade de São Paulo, no final do século XIX, impôs aos proprietários brasileiros a necessidade de melhor disciplinar os trabalhadores. As condições de trabalho nas fábricas eram precárias e, diante desse contexto de fragilidade da classe trabalhadora, o que se observa é a
organização da massa trabalhadora em associações mútuas que tinham o objetivo de impedir que os operários fossem demitidos sem qualquer direito trabalhista previsto em leis sindicais.
presença da polícia nas fábricas, especialmente nas têxteis, como forma de impedir eventos de quebraquebra das máquinas, organizados pelos anarquistas estrangeiros que tinham longa tradição de luta em seus países.
repressão aos trabalhadores que desafiassem seus patrões com reinvindicações, haja vista a fragilidade dos sindicatos, que eram constantemente reprimidos pela polícia.
presença de um número significativo de trabalhadores do campo na área urbana, os quais, por serem mais ingênuos eram melhor controlados pelos seus patrões, os quais constantemente os enganavam no cumprimento das leis trabalhistas.
ação coletiva dos trabalhadores rurais empregados nas fábricas e acostumados à obediência ao senhor, o que tornou mais difícil a consolidação dos sindicatos de orientação marxista-leninista.