“O socialismo de Estado manifestou uma insensatez produtivista que não fica a dever à dos capitalistas desprovidos de constrangimentos humanitários. Tratava-se de produzir a qualquer preço, como se a produção fosse um fim em si mesma, auto-suficiente. (...) Cristalizou-se um sistema extremamente burocratizado, cuja ineficiência crescia com o próprio crescimento da economia. (...) O resultado, conforme observou Ernst Mandel, (...) é que essa [economia] não era plenamente planejada, mas planejada apenas de maneira parcial...”.
(GORENDER, Jacob. Marcino e Liberatore. São Paulo: Ática, 1992, pp. 40-43)
Em 1985, Mikahil Gorbatchev assumiu o comando da União Soviética e iniciou uma série de transformações no país. Os dois maiores símbolos dessas mudanças foram:
a adoção da Perestroika, ou seja, o esforço de modernização da economia soviética e a Glasnost (transparência) que se referia ao processo de abertura democrática do país.
a institucionalização dos Kolkhoses, cooperativas agrícolas, que não dependiam do estado, assim como a proibição de funcionamento das pequenas empresas privadas.
a mudança da condução das relações internacionais, principalmente com os Estados Unidos, traduzida pelo fim da guerra fria e início do regime autoritário neo-stalinista.
a reconstrução do país, tendo por base concepções capitalistas e a permissão de livre expressão a todos os indivíduos, independentemente de sua ligação partidária.
o desarmamento da União Soviética – fator que levou à destruição de todo o seu armamento nuclear – e o crescimento da economia soviética.