O Rio de Janeiro, capital da República antes de Brasília, na passagem do século XIX para o XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e foco de doenças como febre amarela, varíola e tuberculose.
Ao assumir a presidência do Brasil, Rodrigues Alves instituiu como meta governamental a reurbanização da cidade do Rio de Janeiro. Com isso, a cidade passou por uma série de mudanças, como a derrubada de casarões e cortiços, e o consequente despejo de seus moradores. A população apelidou esse movimento de “bota-abaixo”, que tinha como objetivo a abertura de grandes bulevares e largas e modernas avenidas, com prédios de cinco ou seis andares.
Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater as doenças, criaram-se brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, removendo o lixo e os focos de mosquitos transmissores da febre amarela.
Nesse contexto, a vacinação obrigatória contra a febre amarela foi o estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e com a política vigente (que posteriormente passou a ser chamada de República Velha) se revoltasse.
Disponível em: <http://www.ccms.saude.gov.br/revolta/revolta.htm>. Acesso em: 15 set. 17. (Adaptado.)
Sobre o contexto da República Velha, é correto afirmar que
as revoltas populares que a marcaram, como a revolta da Chibata e a da Vacina, tinham como principal objetivo a derrubada do governo e a volta da monarquia.
a obrigatoriedade e a truculência da campanha de vacinação são representativas do período que ficou conhecido como “República da Espada”.
a Coluna Prestes e o Tenentismo se uniram aos revoltosos da vacina no Rio de Janeiro visando a melhorias na qualidade de vida, o que resultou na ascensão da classe média urbana pela primeira vez na história brasileira.
esse período da história é caracterizado pela defesa dos interesses das oligarquias industriais, sobretudo no Rio de Janeiro.
o sistema político estava assentado nas fraudes eleitorais, visto que o voto não era secreto, e os "coronéis", grandes latifundiários que controlavam o poder político local, exerciam o controle através do voto de cabresto.