UEA Geral 2018

O rei é o homem bem-nascido, o homem nobre. Ele é definido não somente por uma boa família, mas também em relação à aristocracia e à nobreza. Há na aristocracia medieval uma tendência a rebaixar o rei, a reduzi-lo ao “primeiro entre os iguais”.

(Jacques Le Goff. “Rei”. In: Dicionário analítico do Ocidente medieval, vol. 2, 2017. Adaptado.)

Esse lugar ocupado pelo rei na sociedade medieval decorria, entre outros motivos, da

extinção do estamento senhorial com o renascimento das atividades comerciais.

imposição da autoridade política centralizada do Sacro- -Império sobre toda a Europa.

existência de poderes políticos senhoriais no interior dos domínios feudais.

aliança da cavalaria guerreira com o Papa durante o movimento das Cruzadas.

propagação de ordens religiosas populares contrárias a governos militares.

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Resposta

Resolução

A posição do rei na sociedade medieval se explicava muito pela fragmentação do poder político nos diversos feudos, nos quais a aristocracia constituía uma força própria, muitas vezes comparável à do próprio rei. Ele passava a ser visto como o “primeiro entre iguais”, pois os senhores feudais detinham poderes significativos dentro dos seus domínios, limitando a autoridade real. Portanto, o destaque do rei vinha de sua condição de homem nobre e bem-nascido, mas ainda assim sujeito à influência do conjunto de senhores feudais, que formavam uma aristocracia autônoma.

Dicas

Lembre-se de que a sociedade feudal era descentralizada e que o rei não tinha poder absoluto.

Considere a importância da nobreza feudal, que controlava territórios e exercia poderes políticos independentes.

Erros Comuns

Achar que a autoridade do rei era absoluta no período medieval e confundir esse contexto com monarquias absolutistas modernas.

Relacionar equivocadamente o papel do rei à falta de aristocracia, quando, na verdade, a aristocracia era forte em seus próprios domínios.

Ignorar a descentralização típica do feudalismo e esquecer que os senhores feudais detinham grande influência local.

Revisão

No feudalismo, o poder estava descentralizado, dividido entre diversos senhores feudais que controlavam terras e vassalos. O rei, apesar de estar no topo da hierarquia social, muitas vezes precisava negociar e manter laços de dependência ou aliança com os grandes senhores, pois cada um exercia grande poder em seu território. A expressão “primeiro entre iguais” reflete essa condição: o monarca era, simultaneamente, mais importante pela linhagem e pela tradição, mas, na prática, não detinha poder absoluto sobre todos os senhores.

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