O regime instaurado em 1964 acirrou ainda mais o radicalismo político no Rio Grande do Norte. Intelectuais e políticos foram presos e torturados (Vulpiano Cavalcanti); alguns foram exilados (Djalma Maranhão); muitos tiveram os seus direitos políticos suspensos (Agnelo Alves); outros foram mortos pelos agentes da repressão (Luiz Maranhão Filho). Invariavelmente, todos foram, de alguma forma, calados.
(Trindade, 2010, p. 255.)
Durante grande parte do período militar, tanto no Rio Grande do Norte quanto no restante do país, houve a prevalência de apenas dois partidos políticos oficiais. Assinale-os.
PSDB e ANL.
PT e PC do B.
PMDB e PTB.
Arena e MDB.
No período do regime militar brasileiro (1964-1985), estabeleceu-se um modelo bipartidário que vigorou por boa parte desse tempo. Pela Constituição outorgada pelo regime e pelos Atos Institucionais, principalmente o AI-2, extinguiram-se os partidos anteriores e impôs-se a criação de duas legendas: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava o governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que congregava a oposição consentida.
Esses dois partidos foram obrigatórios até o fim da década de 1970, quando se iniciou a transição gradual para o pluripartidarismo. No contexto do Rio Grande do Norte, assim como em todo o Brasil, havia a prevalência dessas duas siglas justamente para garantir um controle político rigoroso, manutenção do poder pelos setores governistas e limitação do espaço de oposição.
Bipartidarismo no Brasil: Implantado pelo Ato Institucional nº 2 em 1965, o regime militar extinguiu os partidos existentes e criou dois partidos oficiais, a Arena (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). A Arena representava a base de sustentação do governo, e o MDB ficava como legenda de oposição controlada, sem espaço real para se contrapor ao regime.