O que mais circula pelos computadores globais são informações pragmáticas, manipuladas por uns poucos atores, em seu benefício próprio. O mercado de informática é controlado por um punhado de firmas gigantes, situadas num pequeno número de países. [...] A ideia de que o tempo suprime o espaço provém de uma interpretação delirante do encurtamento das distâncias, com os atuais progressos no uso da velocidade pelas pessoas, coisas e informações. A verdade é que as informações não atingem todos os lugares [...]. Em realidade, é mínima a parcela das pessoas que, mesmo nos países mais ricos, se beneficiam plenamente dos novos meios de circulação. Mesmo para esses indivíduos privilegiados, não se trata da supressão do espaço: o que se dá é um novo comando da distância. E o espaço não é definido exclusivamente por essa dimensão.
Santos, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1997, p. 161.
Sobre o tema tratado no texto, leia as seguintes afirmações:
I Os novos meios de circulação de informações eliminaram as distâncias físicas e impuseram o domínio do tempo sobre o espaço.
II Os atuais progressos no uso da velocidade ocorrem apenas nos países mais ricos, nos quais os novos meios de circulação de informações estão implantados em todos os lugares.
III A ascensão dos novos meios de circulação pode ser associada à emergência de um novo comando da distância.
É coerente com o que argumenta o texto:
I, apenas.
I, II e III.
III, apenas.
II e III, apenas.
II, apenas.