O processo de transformações econômicas, culturais, políticas e sociais ocorridas na Europa Ocidental, a partir do século XI, culminou no século XVI com uma grande revolução espiritual. Essa revolução, que eclodiu sob a forma de movimentos de contestação à autoridade e ao poder da Igreja de Roma, tomou o nome genérico de Reforma Protestante.
(Alceu L. Pazzinato e Maria Helena V. Senise. História moderna e contemporânea, 2002.)
Entre os principais motivos que explicam o movimento de contestação citado no texto, é correto apontar
a proibição do funcionamento da Companhia de Jesus e a forte oposição da Coroa portuguesa ao papado.
a extinção do Tribunal da Santa Inquisição e as mudanças no formato de escolha dos bispos e cardeais.
a ineficácia da Igreja na catequese indígena e a negação de dogmas seculares por membros do clero.
a condenação da usura pela Igreja e as críticas à comercialização de objetos sagrados por alguns clérigos.
o avanço das práticas pagãs nos cultos católicos e o fechamento dos seminários e monastérios.
Neste exercício, analisamos os fatores que levaram à Reforma Protestante no século XVI, conforme enunciado no texto apresentado. A Reforma foi resultado de críticas feitas à Igreja Católica quanto ao uso da autoridade religiosa e à excessiva interferência em questões econômicas e políticas. Dentre os pontos essenciais estavam a venda de indulgências, a comercialização de objetos sagrados e a postura rígida em relação à usura. Além disso, alguns clérigos criticavam a desvirtuação dos valores cristãos, o que acabou incentivando líderes religiosos, como Martinho Lutero e João Calvino, a propor reformas profundas.
A alternativa correta (D) ressalta a condenação da usura pela Igreja e, principalmente, as críticas à comercialização de objetos sagrados. Foi justamente esse tipo de prática, integrado a outras insatisfações da sociedade e do clero dissidente, que convergiu em um grande questionamento doutrinário, desencadeando o movimento da Reforma Protestante.