“O primeiro que concebeu a ideia de cercar uma parcela de terra e dizer ‘Isso é meu!’, e encontrou gente suficientemente ingênua que lhe desse crédito, foi o autêntico fundador da sociedade civil. De quantos delitos, guerras, assassinatos, desgraças e horrores teria livrado o gênero humano aquele, que, arrancando as estacas e enchendo os sulcos divisórios, gritasse: ‘Cuidado, não dê crédito a esse trapaceiro, você perecerá se esquecer de que a terra pertence a todos!’”.
(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social, 1762).
Nessa passagem de uma das suas principais obras, o pensador francês do Iluminismo concluía que:
A desigualdade social entre os homens e seus efeitos negativos nasceram da instauração da apropriação privada sobre a terra.
Os homens deveriam fazer uma revolução para acabar com a propriedade particular sobre os bens de produção.
A república democrática era a melhor forma de governo para atacar o absolutismoe com a divisão entre as classes.
O direito divino dos reis deveria ser abolido para a instauração da igualdade civil perante as leis.