O ouro saiu com fartura da terra até por volta de 1750. Durante esse tempo, o trânsito de pessoas e mercadorias foi intenso no caminho novo. Por ele chegavam a Vila Rica açúcar, cachaça, gado, pólvora, fumo, azeites, arroz, sal do reino, marmelada e vinhos. Com a multiplicação das vilas e dos arraiais, as minas, passaram a ser abastecidas de toda a sorte de bugigangas: vidro, espelhos, arma de fogo, facas flamengas, louças, chumbo, veludos, fivelas, pelúcia, calções de damasco carmesim, chapéus com fitas debruadas de fios de ouro e prata, botinas de couro amarradas por cordões, casacos forrados de seda ou de lã felpuda.
(Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma biografia)
A partir do texto é possível concluir que uma das consequências da mineração foi:
a ruralização, pois a população buscava oportunidades de sobrevivência em áreas afastadas de núcleos urbanos;
um desenvolvimento comercial associado ao surgimento de uma urbanização e a maiores oportunidades no mercado interno;
uma retração dos movimentos culturais e intelectuais locais em razão da influência cada vez maior da cultura estrangeira;
um decréscimo demográfico em função da emigração produzida pela falta de oportunidades, na colônia;
um deslocamento do centro de gravidade econômica da região central para o nordeste do Brasil.