“O líder oposicionista mexicano Francisco Madero, candidato derrotado às eleições presidenciais deste ano e poderoso fazendeiro no norte do país, conclamou a população a depor pelas armas o atual mandatário, Porfírio Díaz, que está no poder desde 1876. [...] Embora fontes próximas do presidente Díaz garantam que o chamado à rebelião “não terá qualquer eco”, nos Estados de Morelos e Guerreros, no sul do país, camponeses de origem indígena, sob a liderança de Emiliano Zapata, estão invadindo fazendas e queimando usinas de açúcar. Há, no norte, movimentos semelhantes, sob a chefia de Pancho Villa. É nesses camponeses que Madero confia, para formar seu exército”.
(Jornal do Século XX, 5 de outubro de 1910)
A Revolução Mexicana, iniciada conforme explicação do texto anterior, uniu líderes vindos de diferentes camadas sociais e com demandas diversas. A esse respeito, pode-se afirmar que
apesar das diferenças de origem, Madero, Villa e Zapata possuíam projetos políticos semelhantes em relação à posse da terra.
Madero não aceitou o apoio dos exércitos de Zapata e de Pancho Villa por ser frontalmente contrário a rebeliões armadas.
fiel a sua origem, Madero enfrentou forte oposição após tomar o poder por não atender à demanda dos camponeses por terra.
Porfírio Díaz e seus aliados identificaram rapidamente a possibilidade de o chamado à rebelião inflamar os camponeses.
os camponeses representados por Zapata, por não possuírem terra, tinham exigências diversas dos seguidores de Villa.