O Império Romano, após a profunda crise do século III, tentou a sobrevivência através do estabelecimento de novas estruturas, que não impediram (e algumas até mesmo aceleraram) sua decadência, mas que permaneceriam vigentes por séculos. Foi o caso, por exemplo, do caráter sagrado da monarquia, da aceitação de germanos no exército imperial, da petrificação da hierarquia social, do crescente fiscalismo sobre o campo, do desenvolvimento de uma nova espiritualidade.
(Hilário Franco Junior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)
O texto apresenta alguns elementos que se aprofundaram nos dois séculos seguintes e caracterizaram a transição entre
a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média, marcada, entre outros elementos, pela penetração de povos estrangeiros nos domínios do Império Romano e pela militarização do cotidiano.
a Idade Média e a Idade Moderna, marcada, entre outros elementos, pela centralização do poder político nas mãos dos reis e as severas limitações na mobilidade social.
a Antiguidade e a Idade Média, marcada, entre outros elementos, pela negação do caráter divino do imperador e pela transformação do cristianismo em religião do Estado.
o Império Romano do Ocidente e o Islã, marcada, entre outros elementos, pela feudalização e pelo aumento da tributação sobre a produção agrícola.
o Mundo Antigo e o Mundo Moderno, marcada, entre outros elementos, pelo desaparecimento dos grandes impérios e a consolidação dos Estados nacionais europeus.