O II Reinado (1840-1889) foi importante para a consolidação do Estado Nacional brasileiro, ocorrendo nele a “conciliação” ou “apaziguamento” no campo da política interna (definição do território e da forma monár-quica de governo). Contudo, uma vez consolidado o Império, o Estado se achou seguro para adotar uma política externa de caráter intervencionista e envolveu-se em conflitos com os nossos vizinhos da bacia do Rio da Prata.
A respeito da política interna e externa do II Reinado e considerando sua evolução social e econômica, assinale a alternativa correta.
O “apaziguamento” ou “política de conciliação” do II Reinado teve por suporte a implantação em 1847 do sistema parlamentarista, no qual, sem abrir mão de seu poder o moderador, o Imperador D. Pedro II abria espaço para que as elites agrárias participassem do governo do Império através da figura do Presidente do Conselho de Ministros.
Os dois partidos políticos do II Reinado – o Conservador (Saquaremas) e o Liberal (Luzias) – diferenciavam-se não apenas no discurso, mas também nas concepções a respeito da terra, da economia, da forma de governo e da escravidão.
A política externa do período foi caracterizada pelas chamadas Guerras Platinas e pela presença militar brasileira no Uruguai, na Argentina e, com maior destaque, no Paraguai do Caudilho Francisco Solano Lopez. Tais confrontos impulsionaram o fortalecimento institucional do Exército bem como a sua intervenção em assuntos políticos que ajudaram a fortalecer as instituições políticas monárquicas.
Após os críticos anos da economia do I Reinado (1822-1831) e da Regência (1831-1840), o café assumiu uma importância significativa nas exportações brasileiras. Substituindo o Oeste Paulista, principal região produtora da primeira metade do século, no Vale do Rio Paraíba do Sul surgiu uma aristocracia com pretensões políticas republicanas, que teve como consequência a criação do PRP (1873).
No aspecto social, o período foi marcado pelo processo de transição da mão de obra escrava para a mão de obra livre. Nesse processo, foram relevantes a Lei Eusébio de Queiróz (1850) e a Lei Áurea (1888). Essa transição caracterizou-se por um sólido projeto de inserção dos negros na sociedade dos livres, por meio de um projeto de educação pública gratuita e da distribuição de terras a baixo preço aos negros libertos.