O historiador Fernand Braudel é o pai da expressão economia-mundo. O conceito de Braudel não deve ser confundido com a noção de “economia do mundo inteiro”. A economia-mundo é, nas suas palavras, um “fragmento do universo” que se estrutura como uma unidade econômica. Desde a Antiguidade, existiram economias-mundo: a Fenícia antiga, o Império Romano e a China, por exemplo, configuram espaços econômicos autônomos e integrados pelo comércio e pela divisão do trabalho.
Globalização é o processo pelo qual a economia-mundo identifica-se com a economia mundial. Ou, dito de outro modo, é o processo pelo qual o espaço mundial adquire unidade.
MAGNOLLI, Demétrio. Globalização; Estado nacional e espaço mundial. São Paulo: Moderna, 2. ed., p. 10-11. Adaptado
A inserção do Brasil em um mercado globalizado ocorreu de forma mais intensiva no período do governo
Dutra, em decorrência do abandono dos pressupostos populistas e da defesa da privatização da economia.
Jânio Quadros, em função do desenvolvimento da Política Externa Independente e o rompimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos.
Médici, momento de total submissão do Brasil aos interesses estadunidense forçando um processo de desindustrialização econômica.
Geisel, devido à pressão dos Estados Unidos para a abertura da economia ao capital estrangeiro, em recompensa do apoio ao processo de abertura política.
Fernando Collor, quando o processo de desestatização concretizou-se a partir do início da quebra do monopólio estatal do setor elétrico no país.